terça-feira, 5 de junho de 2007

Macela


Achyrocline satureoides DC.
A macela (Achyrocline satureoides) é uma erva da flora brasileira também conhecida por macela-do-campo, macelinha, carrapichinho-de-agulha, camomila nacional etc. Popularmente, em algumas regiões, é também chamada de "marcela".Na região sul do Brasil as flores da macela costumam ser usadas pela população como estofo de travesseiros para os bebés, por se acreditar que tenha efeitos calmantes.
As flores têm um aroma agradável e a
infusão destas ou de suas folhas alivia dores de cabeça, cólicas e problemas estomacais.
Especificamente no
Rio Grande do Sul há a tradição de colheita da macela na Sexta-Feira Santa, antes do sol nascer; pois acredita-se que a colheita nesse dia traga mais eficiência ao chá das flores. No Nordeste elas florecem em setembro e geralmente são indicadoras de solos acidificados e degradados.

Propriedades medicinais:



  • Problemas digestivos, flatulências, má digestão, colecistite, diarreias, cólicas abdominais, azia, contracções musculares bruscas, inflamações, disfunções gástricas, inapetência, disenterias, distúrbios menstruais, dores de cabeça, cistite, nefrite..

  • utilizada essencialmente para combater as dores de estômago e intestinos e nas doenças da pele e dos olhos


    Uso cosmético: revela-se bom para o rejuvenescimento da pele. Clareia o tom da pele

    Efeitos colaterais: Não deve ser consumida em grande quantidade por crianças e lactantes, pois pode causar asfixia. As mentas não devem ser consumidas em grandes quantidades por longos períodos de tempo pois, poderão exercer uma acção paralisante sobre o bolbo raquidiano. Podem ainda causar insónias se tomado antes de deitar.
    Partes usadas: Folhas e sumidades florida.

Funcho



Foeniculum vulgare Mill.
O funcho fresco tem um aroma especial, que se deve aos dois óleos, anetol e funchona que variam de espécie para espécie.
Tomando internamente, o funcho ajuda ao processo digestivo e acalma cólicas e desconforto abdominal. Pode ser tomado em chá ou como “água de funcho”, que é muito fácil de fazer. Diz-se que, se esta água for bebida durante a amamentação, ajuda a reduzir as cólicas e auxilia a digestão em geral. O funcho tem também uma suave acção diurética e purificadora nos rins. Promove o fluxo de leite materno.

Propriedades medicinais:


  • Auxilia a Digestão;

  • Reduz as dores abdominais e cólicas;

  • Reduz a flatulência;

  • Actua como remédio para as cólicas infantis;

  • Actua como diurético suave e purificador dos rins;

  • Promove o fluxo de leite materno.

  • Atenua as dores menstruais.

  • Favorece a eliminação do excesso de muco do aparelho respiratório, melhorando estados

  • de congestão e funcionando como um expectorante.

  • Funciona também como calmante para espasmos em crianças, acaba com mau hálito e combate as toxinas dermatológicas.

    Uso cosmético: As sementes podem ser usadas como loção para peles oleosas e é também retirado o seu óleo essencial para fabricação de perfumes.

    Partes usadas: Folhas, caules, raízes e sementes.

Equinácea


Echinacea Purpura
A semelhança do cone central da equinácea a um ouriço-cacheiro deu-lhe o seu nome, do grego echinos, que quer dizer “ouriço-cacheiro”, A equinácea é provavelmente um dos extractos de plantas mais usado actualmente. Na Alemanha, o extracto líquido é conhecido como “gotas de resistência” devido ao efeito estimulante imunitário da equinácea.
Externamente, a equinácea pode ser usada para sarar cortes ligeiros e esfoladelas. Para todos os problemas relacionados com infecções bacterianas, fúngicas ou virais, a equinácea deve ser a planta eleita.

Propriedades medicinais:


  • Estimula o sistema imunitário;

  • Previne o desenvolvimento de infecções;

  • Alivia os sintomas de constipações e gripe, especialmente quando a congestão nasal é um problema;

  • Tem uma acção anti-virótica.


    Efeitos colaterais:

  • O excesso de consumo causa irritação de garganta.

  • Não deve ser usada na gravidez.

  • Há possibilidade de causar reacções alérgicas, em quem tem alergia a girassóis.

    Partes usadas: Raízes e rizomas.

Dente de leão



Taraxacum officinale

O dente de leão apareceu pela primeira vez na medicina europeia em 1480, tendo sido usado pelos chineses desde 659 d.C.
O dente-de-leão actua como diurético, aumentando o fluxo da urina de tal forma que os primeiros utilizadores lhe chamavam “molha a cama”. Pensa-se que o seu elevado conteúdo de potássio seja o responsável por esta acção.
A pressão arterial elevada também é reduzida com um tratamento de dente-de-leão, graças à sua actividade diurética e ao potássio.
Tanto o fígado como a vesícula biliar beneficiam com o dente-de-leão, que parece melhorar a função destes órgãos. Por esta razão é usado para o tratamento da hepatite, gota e problemas de pele, incluindo eczemas.

Propriedades medicinais:


  • Actua como agente de estimulação do fígado;
  • Aumenta o fluxo da bílis;
  • Ajuda em doenças da pele, como o eczema;
  • Baixa a pressão arterial elevada;
  • Aumenta o fluxo de urina;
  • É uma boa fonte de potássio;
  • Tem propriedades diuréticas;
  • Estimula o fígado e as glândulas linfáticas.
  • Estimula os rins, ajuda a eliminar ureia, colesterol e ácido úrico;
  • Combate gases e prisão de ventre.


Uso cosmético:

  • Adicione ao banho uma infusão de folhas de dente-de-leão para limpar a pele
  • Bom para celulite, ajuda emagrecer purificando o sangue.
  • Chá forte clareia sardas.
  • Para acne também é utilizado, compressas à noite e pela manhã.

Efeitos colaterais: evitar o uso nos casos de irritação de estômago ou intestino.



Partes usadas: Planta inteira.

Cavalinha


Equisetum arvense L.
Esta planta contém no seu interior uma combinação interessante de nutrientes e fitoquímicos. A cavalinha é rica em sílica e outros minerais, que facilitam a absorção de cálcio da alimentação, As unhas e cabelo beneficiam grandemente com esta planta, assim como os ossos e outros tecidos conjuntivos que dependem do cálcio e micro-elementos. O seu elevado teor de sílica pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol.
A cavalinha pode ajudar a regular a produção de óleo da pele, que por sus vez ajuda a reduzir o acne e outros problemas cutâneos.

Propriedades medicinais:
  • Tem efeitos anti-depressivos naturais;

  • Melhora o humor;

  • Reduz a ansiedade;

  • Ajuda à digestão;

  • Acalma dores musculares e articulares reumáticas;

  • Pode ajudar a aliviar enxaquecas.

    Uso cosmético:
  • Pode ser usada numa loção para queimaduras solares ou como creme de limpeza para todos os tipos de pele;

  • Recomendável para peles com acne.

    Efeitos colaterais: Evitar uso prolongado. Torna-se tóxica se usada em dose excessiva.

    Partes usadas: Flores, caules e óleo essencial.

Calêndula


Calendula officinalis
Também conhecida como maravilhas, a calêndula tem uma longa história na medicina com plantas. Inicialmente utilizada para tingir tecidos, como alimento e em cosméticos, a calêndula contém muitos óleos com propriedades que promovem a saúde. Usada externamente, a calêndula pode reduzir inflamações cutâneas e queimaduras solares, assim como ajudar à cicatrização de feridas. Pode ser usada para aliviar mamilos gretados durante a amamentação. O óleo pode atenuar as dores de ouvidos. O seu uso interno pode ajudar em caso de úlceras e inflamações de estômago. Estudos confirmaram a eficácia da calêndula no tratamento de cãibras menstruais.

Propriedades medicinais:



  • Alivia as cãibras menstruais;

  • Acalma a pele irritada e danificada, como queimaduras ligeiras;

  • Alivia as dores de ouvidos

  • É um anti-séptico e cicatrizante de primeira ordem, principalmente evitando infecções em

  • ferimentos e escoriações.

  • Diminui a oleosidade em casos de pele com acne.

    Uso cosmético: Tratamento de pele e cabelos usada na fabricação de champôs, loções, sabonetes e cremes.


Efeitos colaterais: gestante não é aconselhado o uso interno pois provoca a menstruação.
Paetes usadas: pétalas das flores.

Borragem


Borago officinalis
Uma planta familiar dos cozinheiros, a borragem está associada à melhoria do humor. A constituição exacta desta planta ainda não foi identificada, mas a sua reputação de “levantar os ânimos” data de 1597, quando John Gerard a incluiu no seu livro The Hweball, or Generall Historie of Plantes. Neste livro, diz-se que a borragem “afasta a tristeza e aumenta a alegria mental”. Nesta época, as folhas e flores eram muitas vezes utilizadas para fazer vinhos, que eram dados a homens e mulheres para ficarem “felizes”.
A borragem tem um elevado grau de GLA (ácido gama linoleico) -mais elevado do que o do óleo de onagra (Oenothera biennis)-que ajuda a reduzir as cãibras menstruais. Diz-se que o chá de borragem é bom para baixar as temperaturas altas e que tem uma excelente acção diaforética. Isto torna-a um remédio ideal para aliviar os sintomas de constipações e gripes.

Propriedades medicinais:


  • Melhora a disposição;

  • Ajuda em casos de tensão pré-menstrual;

  • Ajuda em caso de dermatite e outras irritações cutâneas tal como eczema;

  • Baixa as temperaturas elevadas;

  • Para as inflamações dos rins e da bexiga;

  • Combate o reumatismo e debilidades do coração.


Efeitos colaterais:

  • O Seu uso excessivo pode causar reacções alérgicas e induzir ao cancro.

  • Todas as formas de preparo do chá devem ser filtradas para eliminar os pelos da planta.

  • Não deve ser usado em pessoas sensíveis a ácidos vegetais.

    Partes usadas: folhas e flores.

Aloé Vera



Alo barbadensis
Aloé é um remédio muito antigo. O corpo de Jesus foi embrulhado em linho impregnado com aloés e mirra.
A folha contém um gel especial que é usado na cosmética como creme hidratante natural para a pele. Uma aplicação tópica do sumo pode ajudar a aliviar queimaduras ligeiras, queimaduras solares, picadas de insectos e às vezes eczemas.
O sumo é tomado internamente para problemas digestivos e inflamações do estômago. O sumo tanto pode ser preparado comercialmente como extraído das folhas, raspando-as com o lado rombo de uma faca. Foram atribuídos ainda outros benefícios ao aloés, tais como a sua capacidade de actuar como laxativo natural e como estimulante do apetite.

Propriedades medicinais:

  • Mantém a pele macia;

  • Ajuda a acelerar o processo de cicatrização de feridas;

  • Reduz as inflamações de estômago;

  • Actua como laxativo;

  • Trata as queimaduras solares.

    Uso cosmético: Podem fazer-se loções e cremes para acalmar peles irritadas e infamadas.

Efeitos colaterais: Não se aconselha o uso interno durante a gravidez.

Partes usadas: Folhas que contém a seiva

terça-feira, 22 de maio de 2007

Arruda


Ruta graveolens L.
Erva utilizada desde a antiguidade, para proteger as pessoas do mau olhado. Usada pelos egípcios, hebreus, gregos, medievais, romanos e americanos, durante o século IX foram introduzidas na Europa muitas variedades.
Os árabes regavam as mesas de banquete com menta antes das festas e limpavam o chão com a erva para estimular o apetite dos convidados.
Na Nova Inglaterra é conhecida como folha da bíblia, pois era utilizada para marcar as páginas da bíblia no culto dominical, e os fiéis mascavam as suas folhas para afastar o sono.
Planta também conhecida como erva da amizade e do amor, símbolo da hospitalidade, da virtude e das qualidades medicinais.

Propriedades Medicinais: Normalização do ciclo menstrual, sarna, piolhos e conjuntivite. Acredita-se que a mais importante virtude da arruda é oferecer maior resistência aos capilares sanguíneos, evitando-se assim possíveis hemorragias.

Uso cosmético: revela-se bom para o rejuvenescimento da pele। Clareia o tom da pele.

Efeitos colaterais: Não deve ser consumida em grande quantidade por crianças e lactantes, pois pode causar asfixia. As mentas não devem ser consumidas em grandes quantidades por longos períodos de tempo pois, poderão exercer uma acção paralisante sobre o bolbo raquidiano. Podem ainda causar insónias se tomado antes de deitar.

Partes usadas: Folhas e sumidades florida.

Alfazema

Lavandula officinalis
Os Romanos levaram a alfazema do Mediterrâneo para o Reino Unido. Desde essa altura que se tornou uma parte essencial nos jardins monásticos e medicinais।
O aromático odor doce da alfazema é inconfundível, e diz-se que tem efeitos anti-depressivos e que animam os humores.
Uma vez que tem poderosas propriedades sedativas e calmantes, a alfazema tem sido usada para o tratamento de problemas digestivos, ansiedade, reumatismo, insónia e dores de cabeça. Descobriu-se ser eficaz para combater enxaquecas.
A alfazema pode ser usada para tratar queimaduras ligeiras, especialmente solares e dores musculares reumáticas। é também útil para tratar problemas de pele como o acne. A alfazema é um dos óleos para relaxamento mais populares.




Propriedades medicinais:

  • Tem efeitos anti-depressivos naturais;
  • Melhora o humor;
  • Reduz a ansiedade;
  • Ajuda à digestão;
  • Acalma dores musculares e articulares reumáticas;
  • Pode ajudar a aliviar as enxaquecas.

    Uso cosmético:
  • Pode ser usada numa loção para queimaduras solares ou como creme de limpeza para todos os tipos de pele;
  • Recomendável para peles com acne.

    Efeitos colaterais: Evitar uso prolongado। Torna-se tóxica se usada em dose excessiva।

    Partes usadas: Flores, caules e óleo essencial।

terça-feira, 15 de maio de 2007

Calêndula

Calendula officinalis
Também conhecida como maravilhas, a calêndula tem uma longa história na medicina com plantas। Inicialmente utilizada para tingir tecidos, como alimento e em cosméticos, a calêndula contém muitos óleos com propriedades que promovem a saúde। Usada externamente, a calêndula pode reduzir inflamações cutâneas e queimaduras solares, assim como ajudar à cicatrização de feridas. Pode ser usada para aliviar mamilos gretados durante a amamentação. O óleo pode atenuar as dores de ouvidos. O seu uso interno pode ajudar em caso de úlceras e inflamações de estômago. Estudos confirmaram a eficácia da calêndula no tratamento de cãibras menstruais.



Propriedades medicinais:
  • Reduz as inflamações;
  • ;Alivia as cãibras;
  • Acalma a pele irritada e danificada, como queimaduras;
  • Alivia as dores de ouvidos.

Uso cosmético: Tratamento de pele e cabelos usada na fabricação de champôs, loções, sabonetes e cremes।


Efeitos colaterais: gestante não é aconselhado o uso interno pois provoca a menstruação.
Partes usadas: pétalas das flores.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Verbasco




Verbascum thapus
Verbasco é usado na medicina tradicional para tratar problemas respiratórios, incluindo tosses, congestão e asma। Era usado tradicionalmente para tratar doenças debilitantes graves, como a tuberculose, e era associado à bruxaria. Pensava-se que as bruxas usavam os fios da parte superior das folhas para fazer poções. Os caules eram também mergulhados em sebo e usados como tochas pelos Gregos e Romanos. O verbasco tem boas propriedades expectorantes e anti-inflamatórias e pode ser usado para acalmar tosses secas e irritantes, assim como ajuda a expelir a expectoração.

Propriedades medicinais:
  • Acalma tosses secas e irritantes;
  • Actua como sedativo suave;
  • Tem uma suave acção diurética;
  • Tem uma acção expectorante;
  • Tem uma acção anti-inflamatória;
  • É refrescante;
  • Ajuda nas frieiras, hemorróidas, inflamações intestinais e de próstata;
  • Usado em problemas de má circulação periférica।

Uso cosmético: As folhas são usadas para aclarar o cabelo.

Partes usadas: Folhas.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Manipulação de plantas medicinais


Determinação do ponto de colheita O primeiro aspecto a ser observado na produção de plantas medicinais de qualidade, além da condução das plantas, é sem dúvida a colheita no momento certo. As espécies medicinais, no que se refere à produção de substâncias com actividade terapêutica, apresentam alta variabilidade no tempo e espaço. O ponto de colheita varia segundo órgão da planta, estágio de desenvolvimento, época do ano e hora do dia. A distribuição das substâncias activas, numa planta, pode ser bastante irregular. Assim, alguns grupos de substâncias localizam-se preferencialmente em órgãos específicos do vegetal. Os flavonóides, de uma maneira geral, estão mais concentrados na parte aérea da planta. Na camomila (Chamomila recutita), o camazuleno e outras substâncias estão mais concentradas nas flores. Vê-se, portanto, a necessidade de conhecimento da parte que deve ser colhida para que se possa estabelecer o ponto ideal. O estágio de desenvolvimento também é muito importante para que se determine o ponto de colheita, principalmente em plantas perenes e anuais de ciclo longo, onde a máxima concentração é atingida a partir de certa idade e/ou fase de desenvolvimento. Por exemplo, o jaborandi (Pilocarpus microphyllus) apresenta baixo teor de pilocarpina (alcalóide) quando jovem. O alecrim (Rosmarinus officinalis) apresenta maior teor de óleos essenciais após a floração, sendo uma das excepções dentre as plantas medicinais de um modo geral. Há uma grande variação na concentração de princípios activos durante o dia: os alcalóides e óleos essenciais concentram-se mais pela manhã, os glicosídeos à tarde. As raízes devem ser colhidas logo pela manhã. A época do ano também parece exercer algum efeito nos teores de princípios activos, assim a colheita de raízes no começo do Inverno ou no início da primavera são citados como melhores épocas. As cascas são colhidas quando a planta está completamente desenvolvida, ao fim da vida anual ou antes da floração (nas perenes). Nos arbustos, as cascas são separadas no Outono e, nas árvores, na primavera. No caso de sementes recomenda-se esperar até o completo amadurecimento; no caso de frutos deiscentes (cujas sementes caem após o amadurecimento), a colheita deve ser antecipada. Os frutos carnosos, com finalidade medicinal, são colectados completamente maduros. Os frutos secos, como os aquênios, podem cair após a secagem na planta, por isso recomenda-se antecipar a colheita, como ocorre com o funcho (Foeniculum vulgare). Deve-se salientar que a colheita das plantas em determinado ponto tem o intuito de obter o máximo teor de princípio activo. No entanto, na maioria das vezes, nada impede que as plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto de colheita para uso imediato. O maior problema da época de colheita inadequada é a redução do valor terapêutico e/ou predominância de princípios tóxicos, como no confrei.Existem alguns aspectos práticos que deveremos levar em consideração, no processo de colheita de algumas espécies: Na melissa, cortamos seus ramos e não somente colhemos suas folhas. Desta forma conseguimos uma produção em torno de 3 t/ha de matéria seca, em cortes, que são efectuados no verão e Outono. No poejo, temos que ser cuidadosos, pois é uma erva rasteira. Com essa característica, poderá trazer-nos prejuízos pela contaminação do material, que sendo colhido muito próximo do solo, terá muitas impurezas. Produz aproximadamente 2 t/ha de matéria seca em três cortes anuais. No boldo (Necroton), devemos colher somente as folhas, com bom estágio de desenvolvimento. Desidratadas, produzem cerca de 2,5 t/ha. Na carqueja devemos cortar totalmente sua parte herbácea, respeitando dois nós acima da superfície do solo. Esse procedimento favorecerá, posteriormente, a rebrota das plantas. Produz cerca de 2 t/ha de planta seca, em duas a três colheitas por ano. O ponto ideal é no início da floração. No capim limão, fazemos também o corte total, e procedemos como a colheita da carqueja. Devemos eliminar as folhas doentes, com manchas ou secas, que são inadequadas para o beneficio. Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em dois cortes por ano. No quebra-pedra, colhemos a planta inteira. Suas raízes, podem ser lavadas em água limpa. Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em duas safras anuais. Na camomila, colhemos as flores em várias passadas. Devem apresentar seus capítulos florais completos. Sua produção varia em torno de 600 a 800 kg/ha de flores secas, em uma única safra. Operação da colheita Uma vez determinado o momento correcto, deve-se fazer a colheita com tempo seco, de preferência, e sem água sobre as partes, como orvalho ou água nas folhas. Assim, a melhor hora da colheita é pela manhã, logo que secar o orvalho das plantas. O material colhido é colocado em cestos e caixas; deve-se ter o cuidado de não amontoá-los ou amassá-los, para não acelerar a degradação e perda de qualidade. Deve-se evitar a colheita de plantas doentes, com manchas, fora do padrão, com terra, poeira, órgãos deformados, etc. Durante o processo de colheita é importante evitar a incidência directa de raios solares sobre as partes colhidas, principalmente flores e folhas. As raízes podem permanecer por algum tempo ao sol. Um ponto mais importante, para a qualidade, é a anotação dos dados referentes às condições no momento da colheita, condução da lavoura, local, produtor, condições de secagem, etc. Imediatamente após a colheita, o material deve ser encaminhado para a secagem. Secagem O consumo de plantas medicinais frescas garante acção mais eficaz dos princípios curativos, Entretanto, nem sempre se dispõe de plantas frescas para uso imediato, e a secagem possibilita conservação quando bem conduzida. No beneficio de plantas medicinais são utilizados vários processos. Dependendo da espécie e da forma de comercialização, esses processos são utilizados diferenciadamente. Por exemplo, as mentas podem ter as folhas dissecadas ou o óleo essencial comercializado, duas condições que exigem metodologias diferentes. A maioria das plantas medicinais é comercializada na forma dissecada tornando o processo de secagem fundamental para a qualidade final do produto. A redução do teor de água durante a secagem impede a ação enzimática e a consequente deterioração. O órgão vegetal, seja folha, flor, raiz, casca, quando recém colhido apresenta-se com elevado teor de humidade e substratos, o que concorre para um aumento na ação enzimática, que compreende diversas reacções. Estas reacções são reduzidas à medida que se retira água do órgão, pois a redução de humidade do meio é o melhor inibidor da ação enzimática. Daí a necessidade de iniciar a secagem imediatamente após a colheita. A secagem reduz o peso da planta, em função da evaporação de água contida nas células e tecidos das plantas, promovendo o aumento percentual de princípios activos em relação ao peso inicial da planta.

Cuidados no cultivo de plantas medicinais


Para iniciar uma horta medicinal, precisamos seleccionar as espécies e identificar correctamente as plantas. Uma horta medicinal, por certo, deverá produzir, satisfatoriamente, ervas que podem ser usadas na culinária, temperos e aquelas de uso de rotina para o tratamento de doenças mais comuns do organismo. Tão logo sabemos o que plantar e por que plantar, devemos agora saber onde plantar uma horta medicinal. Local O local a ser escolhido para implantação de uma horta medicinal deverá ter água disponível em abundância e de boa qualidade, e ser ainda exposto ao sol, principalmente pela manhã. Solo O solo deve ser leve e fértil para que as raízes tenham facilidade de penetrar e desenvolver. Tendo disponibilidade é bom fazer a análise do solo, principalmente se tratando de horta comercial. Quanto ao aspecto físico do solo, pode ser melhorado, no seu preparo, incorporando no mesmo, esterco e/ou composto orgânico, onde fornecerá nutrientes que ajudarão a reter a humidade. A correcção do solo pode ser feita com calcário. Ainda podemos também adubá-lo com um produto natural: o húmus. Certas espécies exigem solos húmidos como é o caso do chápeu-de-couro, cana-de-macaco, etc. Outras já gostam de terrenos areno-argilosos, com humidade controlada que é o caso da bardana, alecrim, etc.

Plantas Medicinais


Há muito tempo, as plantas medicinais têm sido usadas como forma alternativa ou complementar aos medicamentos da medicina tradicional. Estas são amplamente comercializadas em farmácias e supermercados em geral, por razões sociais ou económicas. A crise económica, o alto custo dos medicamentos industrializados, o difícil acesso da população à assistência médica e farmacêutica são possíveis factores que levaram as pessoas a utilizar produtos de origem natural.
O uso das plantas medicinais tem que ser feito cuidadosamente, com muito critério, pois as mesmas não fazem milagres e podem levar à intoxicação daqueles indivíduos que desconhecem precauções e contra-indicações destas plantas. Às vezes se imagina que o produto, por ser natural, faz bem à saúde, mas a ignorância do conhecimento sobre os efeitos desejados ou não, pode ser desastroso.

Plantas tóxicas


"O conhecimento da toxidade das plantas se remota aos nossos antepassados. Hoje existem grupos mais ou menos definidos de acordo com sua utilidade (ornamentais, comestíveis, forrageiras, medicinais, tóxicas, etc.).
Os grupos das plantas medicinais e tóxicas ocasionalmente são tomados indistintamente, já que se tem o pressuposto de conterem princípios activos, que dependendo da dose, podem ser benéficos ou tóxicos para o organismo. Na realidade, isto é correcto, só que, o uso inadequado das plantas tem causado e segue causando sérios problemas de intoxicação ou envenenamento; muitas vezes de forma mortal, por se ingerir partes das plantas que são altamente tóxicas mesmo em doses baixas. (SANCHEZ,1998)
Podemos encontrar plantas tóxicas em todo lado (plantas ornamentais de interior, nos parques e jardins, em forma silvestre ou em cultivares e alimentos quotidianos). De tal forma que o risco de intoxicação é evidente tanto para o homem como para os animais.
Os principais princípios activos conhecidos como responsáveis pelos efeitos adversos causados pelas plantas são: alcalóides, glicosídeos, resinas, fitotoxinas, minerais, oxalatos, azeites essenciais e compostos foto-sensibilizantes.
A importância do grupo das plantas tóxicas, não está só nos riscos que estas representam, mas também nos benefícios que podem proporcionar, quando se lhe é dado um uso adequado. Sem entrar em detalhes podemos facilmente dar-nos conta, que muitos dos componentes químicos empregados na farmacologia, são elaborados por estas plantas e uma grande quantidade dos vegetais ou suas partes estão representados em infusões, unguentos e macerados empregados na medicina tradicional.
Grandes têm sido os benefícios da medicina alopática, das substâncias obtidas de algumas plantas (a papoula (Papaver somniferurn), cujo uso tem sido como anestésico e analgésico; a digitalina (Digitalis purpurea) que se emprega em afecções cardio-vasculares, ou como regulador cardíaco; Os alcalóides da beladona (Atropa belladona) que actuam nos problemas oculares e como antiespasmódicos, sedativos e antihipertensivo; e o azeite extraído das sementes de mamona (Ricinus comunnis) que é amplamente empregado como purgante).
Na medicina homeopática muitas substâncias vegetais consideradas como tóxicas estão formando parte dos medicamentos. (Entre elas, as mais usualmente empregadas no processo de preparo de medicamentos são: Arnica montana, Hitirotheca inulsides, Aconitun napellus, Atropa belladona, Digitalis purpurea). São também muito mencionadas na medicina alopática: Datura stramonium, Rux toxicadendron, Calchicum cuatumnale, entre muitas outras.
Até o momento, não existe um trabalho ou pesquisa que caracterize e diferencie precisamente uma planta tóxica de uma medicinal. Existem alguns estudos, de algumas dessas plantas, que determinam quanto do princípio activo está presente em partes da planta, geralmente determinado como DL50 do princípio activo (DL50 é a quantidade em gramas ou miligramas de princípio activo necessários para matar 50% da população de cobaias).
Porém, até hoje, ninguém estabeleceu uma classificação toxicológica levando-se em consideração os níveis de toxidade em função da quantidade de parte tóxica, de forma a caracterizar o limite onde tal planta deixa de ser tóxica para ser medicinal e vice-versa.
A toxicologia das plantas, relacionada a espécie humana é encarada de um modo bastante genérico, assume aspectos variados e importantes, interessando diferentes campos da medicina e da biologia, entre os quais:
Intoxicação aguda, quase sempre por ingestão acidental de uma planta ou de alguma de suas partes que é tóxica, e que é de incidência preponderante no grupo pediátrico.
Intoxicação crónica, consequente à ingestão continuada, acidental ou propositada de certas espécies vegetais, responsável por distúrbios clínicos muitas vezes complexos e graves.
Exposição crónica, evidenciada particularmente por manifestações cutâneas em virtude do contacto sistemático com vegetais, verificado com maior frequência em actividades industriais ou agrícolas.
Utilização continuada de certas espécies vegetais, sob a forma de pó para inalação, fumos ou infusões, visando a efeitos alucinogénios. (SCHVARTSMAN, 1992).
A sintomatologia pode-se classificar em, afecções de pele e mucosas (olhos, boca, nariz), problemas gastrintestinais, respiratórios, cardio-vasculares, metabólicos, neurológicos entre outros (SANCHEZ, 1998).
Por: Daniel Camara Barcellos
(Extraído do site: http://www.plantastoxicas.hpg.ig.com.br/toxicas_lista.htm)

Plantas suspeitas de serem tóxicas


Plantas tóxicas são aquelas que possuem substâncias que por suas propriedades naturais, físicas, químicas ou físico- químicas, alteram o conjunto funcional-orgânico em vista de sua incompatibilidade vital, conduzindo o organismo vivo a reações biológicas diversas. O grau de toxidade depende da dosagem e do indivíduo. Há substâncias altamente tóxicas que, em dosagens mínimas, entram na composição de vários remédios.
Há substâncias tóxicas que só fazem efeito cumulativamente, mas a maioria entra em ação ao primeiro contacto. Em qualquer caso, é mais seguro comunicar-se logo com o médico ou veterinário, tratando-se de crianças ou animais.
Esta relação é apenas de plantas suspeitas de serem tóxicas, ou seja popularmente tóxicas mas que ainda dependem de estudos fitoquímicos, farmacológicos, etc. para a correcta definição.
Relação extraída de PLANTAS TÓXICAS NO JARDIM E NO CAMPO de autoria do Padre Dr. JOSÉ MARIA ALBUQUERQUE.

terça-feira, 6 de março de 2007

Herbário Virtual



Hortelã
Mentha

Erva utilizada desde a antiguidade, com sua origem confundida com os mitos. Usada pelos egípcios, hebreus, gregos, medievais, romanos e americanos, durante o século IX foram introduzidas na Europa muitas variedades.
Os árabes regavam as mesas de banquete com menta antes das festas e limpavam o chão com a erva para estimular o apetite dos convidados.
Na Nova Inglaterra é conhecida como folha da bíblia, pois era utilizada para marcar as páginas da bíblia no culto dominical, e os fiéis mascavam as suas folhas para afastar o sono.
Planta também conhecida como erva da amizade e do amor, símbolo da hospitalidade, da virtude e das qualidades medicinais.


Propriedades medicinais:

-Exercem uma acção tónica e estimulante sobre o aparelho digestivo, além de propriedades anticépticas e ligeiramente anestésicas.

- Ajuda a atenuar a irritação provocada por picadas de insectos
- Reduz as dores de cabeça

-Alivia as dores abdominais
-Tem efeito calmante
-Bom para gripes e resfriados.
-Combate cólicas e gases
-Aumenta produção e circulação da bílis.


Uso cosmético: revela-se bom para o rejuvenescimento da pele. Clareia o tom da pele

Efeitos colaterais: Não deve ser consumida em grande quantidade por crianças e lactantes, pois pode causar asfixia. As mentas não devem ser consumidas em grandes quantidades por longos períodos de tempo pois, poderão exercer uma acção paralisante sobre o bolbo raquidiano. Podem ainda causar insónias se tomado antes de deitar.

Partes usadas: Folhas e sumidades floridas.

Notícias


Os poderes das plantas

Os estudos efectuados a muitas das plantas
medicinais não revelaram ainda qualquer certeza quanto à sua eficácia, mas o certo é que o recurso a elas continua a ser uma realidade. Quando o ser humano tem qualquer problema de cariz orgânico recorre de imediato a um médico, dando um sinal de confiança às descobertas e avanços da medicina. Porém, muitas são ainda as pessoas que em desespero de causa procuram o auxílio de uma ervanária. Contudo, muitas são também as pessoas que se deixam levar pelos louvores das ervanárias e que recorrem sempre às curas destas plantas, ponde parte a medicina convencional.Independentemente de qual a sua preferência, é preciso ter em conta que a mistura de medicamentos com plantas medicinais não é muito saudável para os seres humanos. Por isso, opte apenas pelos medicamentos ou pelas plantas. Embora haja já muitas plantas que foram submetidas a testes para ver até que ponto as suas propriedades são eficazes, muitas delas continuam ainda na ignorância dos especialistas desta área. Sabe-se que têm qualidades, mas não se pode confirmar até que ponto as mesmas não causam efeitos secundários ou quais são as propriedades que permitem encontrar a cura para cada problema.Cada planta tem características particulares, sendo impossível encontrar uma planta que alivie ou que cure todos os problemas que possam surgir no ser humano. O Alho é uma delas. O Alho é dado como uma planta muito eficaz para combater a arterosclerose e reduzir o colesterol. Não se conhecendo efeitos secundários, há no entanto muitas pessoas que discordam das suas capacidades: uns afirmam que é realmente bom para manter a memória e diminuir o colesterol, mas outros há que negam totalmente esta influência.O Gingko Bilola diz-se ter um excelente efeito terapêutico para melhorar a memória, permitindo que as pessoas não sofram os problemas de memória aos quais quase todos estão sujeitos com o a vançar da idade. Todavia, o Gingko Bilola precisa de mais investigações quanto às suas funções, embora muitos afirmem que a melhoria da memória é de facto notável. A Milfurada, outra planta medicinal, diz-se ser muito boa para as alterações de humor. Para alguns, a Milfurada é muito boa para as depressões ainda que a toma ideal seja ainda uma incógnita, bem como qual o momento mais eficiente para ser tomada. A Milfurada pode ainda contribuir para algumas reacções secundárias quando misturada com outros medicamentos. Por isso se aconselha que a mesma só seja tomada com a autorização do seu médico.A Castanha da Índia é popularmente conhecida pelas boas condições que promove para uma circulação activa mais eficiente. Mas, e na realidade, a Castanha da Índia parece proporcionar um bom funcionamento das veias, embora não se conheçam mais atributos a ela. Porém, se há uma planta com propriedades terapêuticas comprovadas, essa planta denomina-se por Sene. Indicada para um melhoramento dos intestinos, a verdade é que esta planta possui capacidades laxantes comprovadas. O uso frequente da mesma não é bom para a saúde, e mesmo quando tomada ocasionalmente pode provocar cãibras.O Gengibre é outras das tais plantas sobre qual muitos falam, mas que ninguém tem certezas de nada. Uns declaram que é válida para as náuseas e problemas digestivos, embora outros digam que possui apenas um escasso efeito nas náuseas. Para prevenir constipações, ou para travá-las, nada melhor do que a Equinácia, segundo a tradição popular. Contudo, muitos referem que na prevenção de doenças ou problemas específicos, a Equinácia não tem qualquer acção e que, quanto muito, pode ser indicada para remover constipações. Ainda assim, aconselha-se as grávidas a não a tomarem, bem como as pessoas com tuberculose ou esclerose múltipla.Estas são apenas algumas das plantas medicinais de um leque muito vasto. Os estudos realizados com as mesmas é ainda muito escasso, e raras são aquelas para as quais se pode ter a certeza da sua acção, propriedades terapêuticas e efeitos secundários. Porém, pode sempre tentar para ver qual o efeito que elas produzem em si. Cuidado com as contra-indicações e efeitos secundários, informe-se antes do seu consumo e não faça das planta medicinais um hábito.O mais perigoso, e que convém nunca esquecer, é que não deve misturar medicamentos com plantas medicinais. Só opte por um quando já tiver deixado o outro, e nunca prescinda da opinião de um médico!
A importância das plantas medicinais nos cuidados primários de saúde
Sobretudo nas regiões mais desfavorecidas, as populações continuam a depender de plantas medicinais para os cuidados primários de saúde. Pelo que, há que incrementar a sua gestão para benefício das comunidades locais.Sara OteroA Organização Mundial de Saúde estima que 80% da população mundial continua a depender de plantas medicinais para os cuidados primários de saúde. Esta situação observa-se especialmente nos países em desenvolvimento onde está concentrada a maioria da diversidade florística.Actualmente, numa área remota do Nepal perto da fronteira com o Tibete, grupos ambientalistas estão a trabalhar diligentemente com os curandeiros tradicionais e as comunidades locais, para conservar as plantas medicinais, a base dos cuidados de saúde.As pessoas de Dolpa, no Nepal, têm que percorrer vários dias até chegar ao hospital mais próximo, que carece tanto de medicamentos como de pessoal médico. Assim, dependem maioritariamente das plantas medicinais disponíveis localmente.Em aldeias com posições muito elevadas nos Himalaias, os curandeiros são os profissionais de saúde existentes. Seguindo o sistema médico tradicional tibetano, muitos curandeiros são altamente conhecedores dos usos, da ecologia e da gestão de plantas medicinais. No entanto, esta tradição está fortemente ameaçada. O comércio de plantas medicinais está a crescer rapidamente, sendo exportados anualmente 40 a 80 toneladas de plantas somente de Dolpa, sendo a venda de plantas medicinais uma atraente actividade nestas regiões pobres, onde poucas oportunidades existem.Desde 1997, o Programa "People and Plants", uma iniciativa conjunta da World Wild Fund (WWF) e Jardins Botânicos Reais de Kew, em colaboração com outras entidades, tem tentado obter uma compreensão holística das dimensões ecológica, social, económica, cultural e religiosa da conservação e uso sustentável em Dolpa.Dois grandes objectivos foram identificados neste estudo para a continuação de futuros trabalhos: desenvolvimento de uma comunidade modelo para a gestão de plantas medicinais e incentivos aos curandeiros e mulheres para melhorarem e desenvolverem os cuidados de saúde. A intenção passa também por dar a conhecer esse modelo a outras regiões dos Himalaias, dado a necessidade de toda a região incrementar a gestão das plantas medicinais para benefício das comunidades locais.
Plantas medicinais:Exploração sem reposição faz escassear espécies
O RECURSO a plantas medicinais para a cura de certas doenças, sobretudo as oportunistas aliadas ao HIV/SIDA, criou, de há algum tempo para cá, espaço para um grande negócio e fonte de subsistência para muitas famílias. Contudo, a exploração das plantas já tem efeitos notórios, com a escassez de certas espécies nas matas e redução nos locais de venda. A batata africana e a aloe vera são disso o exemplo concreto.A maior procura das plantas medicinais, segundo Marcos Zavala, secretário-geral da Associação dos Vendedores de Medicamentos Tradicionais (AVEMETRAMO), está aliada, por um lado, à existência de muitas doenças e, consequentemente, maior consumo e, por outro, à formalização da medicina tradicional no país, que veio a dar credibilidade a uma actividade que antes era conotada com a falta de ciência. "Felizmente, assistimos a um grande interesse por parte do público no que toca à medicina tradicional e ao consumo de plantas para fins curativos.Mas, em contrapartida, deparamos com o problema de um acesso cada vez difícil a essas plantas, porque o ritmo de extracção não é acompanhado pela reposição", disse. Outro factor focado pela nossa fonte, citando os exploradores de plantas, tem a ver com uma espécie de conflito já no local, entre certos indivíduos oportunistas que, usando a capa da Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO) na zona, impedem os estranhos de extrairem plantas. "É uma maneira que encontram para preservar o que está em risco de extinção e que lhes é precioso, mas que acaba afectando os restantes que dependem daquelas plantas, desde os vendedores, até aos consumidores, que são, regra geral, doentes". Para extrair plantas medicinais, explica a nossa fonte, seguem-se certas regras, mesmo nas matas. Uma delas é o contacto com as autoridades da área, que, por sua vez, dão luz verde para a extracção.Um dos elos de ligação tem sido a AMETRAMO. Grande parte dos tubérculos usados para cura são a garantia da sobrevivência das pessoas, mas, como não são repostas, vão, à medida que são extraídas, desaparecer. As matas de Bela Vista, na província do Maputo, Bilene e Chidenguele, em Gaza, e outras de Inhambane, é que fornecem um dos principais mercados que se dedica à venda de medicamentos tradicionais: Xipamanine.Uma das principais apostas da associação para fazer face a uma provável extinção de espécies é o plantio das que mais utilidade têm ou que são mais procuradas, tal é o caso da batata africana, aloe vera e outras bastante procuradas para o alívio de certas enfermidades relacionadas com a SIDA. Sobre o assunto, a nossa fonte disse que o projecto desenhado quando da criação da associação mantém-se e que dentro em breve vai se avançar em contactos com as autoridades de Boane, local escolhido para o efeito, para aquisição de espaço. "Actualmente somos 300 membros, contra os anteriores 175 aquando da nossa criação como associação.O crescimento do número é resultado da credibilidade depositada depois de uma avaliação sobre as vantagens de se filiar numa organização", informou a nossa fonte.Maputo, Sábado, 2 Dezembro de 2006: Notícias
Portugal desperdiça potencial das plantas medicinais
As propriedades curativas das plantas medicinais portuguesas estão a ser desperdiçadas, afirmaram hoje especialistas em botânica e saúde que defendem o reforço da investigação sobre estes temas.A utilidade, importância socio-económica e valor de conservação das plantas aromáticas e medicinais vai estar hoje em destaque, em Beja, num seminário que visa promover a troca de experiências e conhecimentos científicos sobre o assunto.«Não há muitos estudos sobre este assunto», reconheceu Elsa Teixeira Lopes, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, que vai apresentar um painel sobre as propriedades farmacológicas da flora portuguesa.A investigadora estuda espécies da flora endémicas (que pertencem a uma determinada região) e usadas na medicina tradicional, comparando-as com compostos vegetais já usados em medicamentos comercializados pela indústria farmacêutica.«Por exemplo, comparámos uma espécie de dedaleira ibérica com uma outra espécie de dedaleira já usada em medicamentos para tratamento da insuficiência cardíaca e descobrimos que a ibérica tem maior diversidade de constituintes, ou seja, que seria ainda mais útil para esta terapêutica», exemplificou.Outro caso é o dos gamões, também conhecidos como abróteas. Esta planta, usada pelo povo para o tratamento de doenças de pele, como micoses ou herpes labial, tem realmente propriedades terapêuticas.«Temos dados que demonstram que os extractos desta planta têm actividade sobre o vírus do herpes», adiantou a mesma responsável.Elsa Teixeira Lopes considera que o avanço neste trabalho científico teria vantagens importantes.«Poderíamos, por exemplo, usar os nossos próprios extractos nos medicamentos», disse.Mas a indústria farmacêutica nacional não parece, para já, muito interessada.«Não se financia muito este tipo de investigação», salientou a especialista, que reconhece que esta «é uma área onde o registo de produtos não é muito fácil». Isto porque «é difícil registar patentes de produtos naturais. Ou seja, as empresas investem no desenvolvimento dos medicamentos, mas depois não conseguem registar a patente porque já é um conhecimento do domínio público», precisou Elsa Teixeira Lopes, salientando, no entanto, que «é preciso dar a conhecer as potencialidades» das nossas plantas.O mesmo defende Luís Carvalho, do Museu Botânico da Escola Superior Agrária de Beja, um dos responsáveis pela organização deste seminário, que «considerou que existem várias plantas medicinais portuguesas cujo potencial farmacológico não está devidamente explorado».No encontro de Beja vai ser também apresentado o trabalho do Banco Português de Germoplasma Vegetal, um projecto que visa preservar a diversidade genética das plantas.«Actualmente, há tendência para a uniformização de variedades dentro de uma mesma espécie de plantas porque as pessoas vão deixando de cultivar determinadas espécies», explicou o responsável do Museu Botânico.A perda de diversidade conduz também à perda de determinadas características.«Os investigadores vão às aldeias à procura das variedades locais que apresentam muitas vezes características úteis, como resistência à falta de água ou ao ataque de fungos», disse Luís Carvalho, para justificar a importância dos bancos de sementes.Um modelo semelhante foi seguido pelo Millenium Seed Bank Project, um banco de referência cujo objectivo é preservar, até 2010, dez por cento das espécies de plantas que se conhecem e que vai ser também apresentado em Beja. Mas nem todas as plantas são eleitas.«Para este banco mundial, só são seleccionadas plantas que tenham interesse para a humanidade e que estejam em locais sujeitos a risco de desertificação ou erosão», sublinhou Luís Carvalho.A etnobotânica assume um preponderante papel na conservação deste património já que as informações sobre os usos tradicionais das plantas são recolhidas no trabalho de campo.Elsa Teixeira Lopes referiu que o conhecimento sobre os usos medicinais das plantas está ainda muito presente das zonas rurais, sobretudo entre as mulheres, mas tem perdido terreno nas cidades.
Diário Digital / Lusa24-11-2006 8:50:00
Plantas suspeitas de serem tóxicas
Plantas tóxicas são aquelas que possuem substâncias que por suas propriedades naturais, físicas, químicas ou físico- químicas, alteram o conjunto funcional-orgânico em vista de sua incompatibilidade vital, conduzindo o organismo vivo a reações biológicas diversas. O grau de toxidade depende da dosagem e do indivíduo. Há substâncias altamente tóxicas que, em dosagens mínimas, entram na composição de vários remédios.
Há substâncias tóxicas que só fazem efeito cumulativamente, mas a maioria entra em ação ao primeiro contacto. Em qualquer caso, é mais seguro comunicar-se logo com o médico ou veterinário, tratando-se de crianças ou animais.
Esta relação é apenas de plantas suspeitas de serem tóxicas, ou seja popularmente tóxicas mas que ainda dependem de estudos fitoquímicos, farmacológicos, etc. para a correcta definição.
Relação extraída de PLANTAS TÓXICAS NO JARDIM E NO CAMPO de autoria do Padre Dr. JOSÉ MARIA ALBUQUERQUE.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Notícias

Herbário Virtual

Actividades realizadas

Nos passados dias 13 e 14 de Fevereiro de 2007, procedemos à concretização de uma "feirinha". Nessa "feirinha", encontravam-se apresentados para venda diversos produtos, tais como: frasquinhos de vidro e saquinhos de cheiro à base de plantas medicinais e aromáticas e também cartões com frases alusivas ao dia comemorado - o Dia dos Namorados.































Visita ao Mezio


No passado, dia 20 de Março o nosso grupo de Área de Projecto deslocou-se ao Mezio, Castro Daire, afim de visitar estufas e plantações de plantas medicinais.
A visita ás instalações foi uma visita guiada proporcionada por um dos sócios da empresa “Ervital”.
A visita permitiu-nos a visualização de várias plantas assim como o conhecimento das suas características e propriedades medicinais. Deste modo, a visita manifestou-se benéfica para o desenvolvimento do nosso projecto, também ele ligado ás plantas medicinais.




Quem somos


Escola Básica 2,3/S de Oliveira de Frades


Área de Projecto 12ºano turma B 2006/2007