terça-feira, 24 de abril de 2007

Verbasco




Verbascum thapus
Verbasco é usado na medicina tradicional para tratar problemas respiratórios, incluindo tosses, congestão e asma। Era usado tradicionalmente para tratar doenças debilitantes graves, como a tuberculose, e era associado à bruxaria. Pensava-se que as bruxas usavam os fios da parte superior das folhas para fazer poções. Os caules eram também mergulhados em sebo e usados como tochas pelos Gregos e Romanos. O verbasco tem boas propriedades expectorantes e anti-inflamatórias e pode ser usado para acalmar tosses secas e irritantes, assim como ajuda a expelir a expectoração.

Propriedades medicinais:
  • Acalma tosses secas e irritantes;
  • Actua como sedativo suave;
  • Tem uma suave acção diurética;
  • Tem uma acção expectorante;
  • Tem uma acção anti-inflamatória;
  • É refrescante;
  • Ajuda nas frieiras, hemorróidas, inflamações intestinais e de próstata;
  • Usado em problemas de má circulação periférica।

Uso cosmético: As folhas são usadas para aclarar o cabelo.

Partes usadas: Folhas.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Manipulação de plantas medicinais


Determinação do ponto de colheita O primeiro aspecto a ser observado na produção de plantas medicinais de qualidade, além da condução das plantas, é sem dúvida a colheita no momento certo. As espécies medicinais, no que se refere à produção de substâncias com actividade terapêutica, apresentam alta variabilidade no tempo e espaço. O ponto de colheita varia segundo órgão da planta, estágio de desenvolvimento, época do ano e hora do dia. A distribuição das substâncias activas, numa planta, pode ser bastante irregular. Assim, alguns grupos de substâncias localizam-se preferencialmente em órgãos específicos do vegetal. Os flavonóides, de uma maneira geral, estão mais concentrados na parte aérea da planta. Na camomila (Chamomila recutita), o camazuleno e outras substâncias estão mais concentradas nas flores. Vê-se, portanto, a necessidade de conhecimento da parte que deve ser colhida para que se possa estabelecer o ponto ideal. O estágio de desenvolvimento também é muito importante para que se determine o ponto de colheita, principalmente em plantas perenes e anuais de ciclo longo, onde a máxima concentração é atingida a partir de certa idade e/ou fase de desenvolvimento. Por exemplo, o jaborandi (Pilocarpus microphyllus) apresenta baixo teor de pilocarpina (alcalóide) quando jovem. O alecrim (Rosmarinus officinalis) apresenta maior teor de óleos essenciais após a floração, sendo uma das excepções dentre as plantas medicinais de um modo geral. Há uma grande variação na concentração de princípios activos durante o dia: os alcalóides e óleos essenciais concentram-se mais pela manhã, os glicosídeos à tarde. As raízes devem ser colhidas logo pela manhã. A época do ano também parece exercer algum efeito nos teores de princípios activos, assim a colheita de raízes no começo do Inverno ou no início da primavera são citados como melhores épocas. As cascas são colhidas quando a planta está completamente desenvolvida, ao fim da vida anual ou antes da floração (nas perenes). Nos arbustos, as cascas são separadas no Outono e, nas árvores, na primavera. No caso de sementes recomenda-se esperar até o completo amadurecimento; no caso de frutos deiscentes (cujas sementes caem após o amadurecimento), a colheita deve ser antecipada. Os frutos carnosos, com finalidade medicinal, são colectados completamente maduros. Os frutos secos, como os aquênios, podem cair após a secagem na planta, por isso recomenda-se antecipar a colheita, como ocorre com o funcho (Foeniculum vulgare). Deve-se salientar que a colheita das plantas em determinado ponto tem o intuito de obter o máximo teor de princípio activo. No entanto, na maioria das vezes, nada impede que as plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto de colheita para uso imediato. O maior problema da época de colheita inadequada é a redução do valor terapêutico e/ou predominância de princípios tóxicos, como no confrei.Existem alguns aspectos práticos que deveremos levar em consideração, no processo de colheita de algumas espécies: Na melissa, cortamos seus ramos e não somente colhemos suas folhas. Desta forma conseguimos uma produção em torno de 3 t/ha de matéria seca, em cortes, que são efectuados no verão e Outono. No poejo, temos que ser cuidadosos, pois é uma erva rasteira. Com essa característica, poderá trazer-nos prejuízos pela contaminação do material, que sendo colhido muito próximo do solo, terá muitas impurezas. Produz aproximadamente 2 t/ha de matéria seca em três cortes anuais. No boldo (Necroton), devemos colher somente as folhas, com bom estágio de desenvolvimento. Desidratadas, produzem cerca de 2,5 t/ha. Na carqueja devemos cortar totalmente sua parte herbácea, respeitando dois nós acima da superfície do solo. Esse procedimento favorecerá, posteriormente, a rebrota das plantas. Produz cerca de 2 t/ha de planta seca, em duas a três colheitas por ano. O ponto ideal é no início da floração. No capim limão, fazemos também o corte total, e procedemos como a colheita da carqueja. Devemos eliminar as folhas doentes, com manchas ou secas, que são inadequadas para o beneficio. Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em dois cortes por ano. No quebra-pedra, colhemos a planta inteira. Suas raízes, podem ser lavadas em água limpa. Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em duas safras anuais. Na camomila, colhemos as flores em várias passadas. Devem apresentar seus capítulos florais completos. Sua produção varia em torno de 600 a 800 kg/ha de flores secas, em uma única safra. Operação da colheita Uma vez determinado o momento correcto, deve-se fazer a colheita com tempo seco, de preferência, e sem água sobre as partes, como orvalho ou água nas folhas. Assim, a melhor hora da colheita é pela manhã, logo que secar o orvalho das plantas. O material colhido é colocado em cestos e caixas; deve-se ter o cuidado de não amontoá-los ou amassá-los, para não acelerar a degradação e perda de qualidade. Deve-se evitar a colheita de plantas doentes, com manchas, fora do padrão, com terra, poeira, órgãos deformados, etc. Durante o processo de colheita é importante evitar a incidência directa de raios solares sobre as partes colhidas, principalmente flores e folhas. As raízes podem permanecer por algum tempo ao sol. Um ponto mais importante, para a qualidade, é a anotação dos dados referentes às condições no momento da colheita, condução da lavoura, local, produtor, condições de secagem, etc. Imediatamente após a colheita, o material deve ser encaminhado para a secagem. Secagem O consumo de plantas medicinais frescas garante acção mais eficaz dos princípios curativos, Entretanto, nem sempre se dispõe de plantas frescas para uso imediato, e a secagem possibilita conservação quando bem conduzida. No beneficio de plantas medicinais são utilizados vários processos. Dependendo da espécie e da forma de comercialização, esses processos são utilizados diferenciadamente. Por exemplo, as mentas podem ter as folhas dissecadas ou o óleo essencial comercializado, duas condições que exigem metodologias diferentes. A maioria das plantas medicinais é comercializada na forma dissecada tornando o processo de secagem fundamental para a qualidade final do produto. A redução do teor de água durante a secagem impede a ação enzimática e a consequente deterioração. O órgão vegetal, seja folha, flor, raiz, casca, quando recém colhido apresenta-se com elevado teor de humidade e substratos, o que concorre para um aumento na ação enzimática, que compreende diversas reacções. Estas reacções são reduzidas à medida que se retira água do órgão, pois a redução de humidade do meio é o melhor inibidor da ação enzimática. Daí a necessidade de iniciar a secagem imediatamente após a colheita. A secagem reduz o peso da planta, em função da evaporação de água contida nas células e tecidos das plantas, promovendo o aumento percentual de princípios activos em relação ao peso inicial da planta.

Cuidados no cultivo de plantas medicinais


Para iniciar uma horta medicinal, precisamos seleccionar as espécies e identificar correctamente as plantas. Uma horta medicinal, por certo, deverá produzir, satisfatoriamente, ervas que podem ser usadas na culinária, temperos e aquelas de uso de rotina para o tratamento de doenças mais comuns do organismo. Tão logo sabemos o que plantar e por que plantar, devemos agora saber onde plantar uma horta medicinal. Local O local a ser escolhido para implantação de uma horta medicinal deverá ter água disponível em abundância e de boa qualidade, e ser ainda exposto ao sol, principalmente pela manhã. Solo O solo deve ser leve e fértil para que as raízes tenham facilidade de penetrar e desenvolver. Tendo disponibilidade é bom fazer a análise do solo, principalmente se tratando de horta comercial. Quanto ao aspecto físico do solo, pode ser melhorado, no seu preparo, incorporando no mesmo, esterco e/ou composto orgânico, onde fornecerá nutrientes que ajudarão a reter a humidade. A correcção do solo pode ser feita com calcário. Ainda podemos também adubá-lo com um produto natural: o húmus. Certas espécies exigem solos húmidos como é o caso do chápeu-de-couro, cana-de-macaco, etc. Outras já gostam de terrenos areno-argilosos, com humidade controlada que é o caso da bardana, alecrim, etc.

Plantas Medicinais


Há muito tempo, as plantas medicinais têm sido usadas como forma alternativa ou complementar aos medicamentos da medicina tradicional. Estas são amplamente comercializadas em farmácias e supermercados em geral, por razões sociais ou económicas. A crise económica, o alto custo dos medicamentos industrializados, o difícil acesso da população à assistência médica e farmacêutica são possíveis factores que levaram as pessoas a utilizar produtos de origem natural.
O uso das plantas medicinais tem que ser feito cuidadosamente, com muito critério, pois as mesmas não fazem milagres e podem levar à intoxicação daqueles indivíduos que desconhecem precauções e contra-indicações destas plantas. Às vezes se imagina que o produto, por ser natural, faz bem à saúde, mas a ignorância do conhecimento sobre os efeitos desejados ou não, pode ser desastroso.

Plantas tóxicas


"O conhecimento da toxidade das plantas se remota aos nossos antepassados. Hoje existem grupos mais ou menos definidos de acordo com sua utilidade (ornamentais, comestíveis, forrageiras, medicinais, tóxicas, etc.).
Os grupos das plantas medicinais e tóxicas ocasionalmente são tomados indistintamente, já que se tem o pressuposto de conterem princípios activos, que dependendo da dose, podem ser benéficos ou tóxicos para o organismo. Na realidade, isto é correcto, só que, o uso inadequado das plantas tem causado e segue causando sérios problemas de intoxicação ou envenenamento; muitas vezes de forma mortal, por se ingerir partes das plantas que são altamente tóxicas mesmo em doses baixas. (SANCHEZ,1998)
Podemos encontrar plantas tóxicas em todo lado (plantas ornamentais de interior, nos parques e jardins, em forma silvestre ou em cultivares e alimentos quotidianos). De tal forma que o risco de intoxicação é evidente tanto para o homem como para os animais.
Os principais princípios activos conhecidos como responsáveis pelos efeitos adversos causados pelas plantas são: alcalóides, glicosídeos, resinas, fitotoxinas, minerais, oxalatos, azeites essenciais e compostos foto-sensibilizantes.
A importância do grupo das plantas tóxicas, não está só nos riscos que estas representam, mas também nos benefícios que podem proporcionar, quando se lhe é dado um uso adequado. Sem entrar em detalhes podemos facilmente dar-nos conta, que muitos dos componentes químicos empregados na farmacologia, são elaborados por estas plantas e uma grande quantidade dos vegetais ou suas partes estão representados em infusões, unguentos e macerados empregados na medicina tradicional.
Grandes têm sido os benefícios da medicina alopática, das substâncias obtidas de algumas plantas (a papoula (Papaver somniferurn), cujo uso tem sido como anestésico e analgésico; a digitalina (Digitalis purpurea) que se emprega em afecções cardio-vasculares, ou como regulador cardíaco; Os alcalóides da beladona (Atropa belladona) que actuam nos problemas oculares e como antiespasmódicos, sedativos e antihipertensivo; e o azeite extraído das sementes de mamona (Ricinus comunnis) que é amplamente empregado como purgante).
Na medicina homeopática muitas substâncias vegetais consideradas como tóxicas estão formando parte dos medicamentos. (Entre elas, as mais usualmente empregadas no processo de preparo de medicamentos são: Arnica montana, Hitirotheca inulsides, Aconitun napellus, Atropa belladona, Digitalis purpurea). São também muito mencionadas na medicina alopática: Datura stramonium, Rux toxicadendron, Calchicum cuatumnale, entre muitas outras.
Até o momento, não existe um trabalho ou pesquisa que caracterize e diferencie precisamente uma planta tóxica de uma medicinal. Existem alguns estudos, de algumas dessas plantas, que determinam quanto do princípio activo está presente em partes da planta, geralmente determinado como DL50 do princípio activo (DL50 é a quantidade em gramas ou miligramas de princípio activo necessários para matar 50% da população de cobaias).
Porém, até hoje, ninguém estabeleceu uma classificação toxicológica levando-se em consideração os níveis de toxidade em função da quantidade de parte tóxica, de forma a caracterizar o limite onde tal planta deixa de ser tóxica para ser medicinal e vice-versa.
A toxicologia das plantas, relacionada a espécie humana é encarada de um modo bastante genérico, assume aspectos variados e importantes, interessando diferentes campos da medicina e da biologia, entre os quais:
Intoxicação aguda, quase sempre por ingestão acidental de uma planta ou de alguma de suas partes que é tóxica, e que é de incidência preponderante no grupo pediátrico.
Intoxicação crónica, consequente à ingestão continuada, acidental ou propositada de certas espécies vegetais, responsável por distúrbios clínicos muitas vezes complexos e graves.
Exposição crónica, evidenciada particularmente por manifestações cutâneas em virtude do contacto sistemático com vegetais, verificado com maior frequência em actividades industriais ou agrícolas.
Utilização continuada de certas espécies vegetais, sob a forma de pó para inalação, fumos ou infusões, visando a efeitos alucinogénios. (SCHVARTSMAN, 1992).
A sintomatologia pode-se classificar em, afecções de pele e mucosas (olhos, boca, nariz), problemas gastrintestinais, respiratórios, cardio-vasculares, metabólicos, neurológicos entre outros (SANCHEZ, 1998).
Por: Daniel Camara Barcellos
(Extraído do site: http://www.plantastoxicas.hpg.ig.com.br/toxicas_lista.htm)

Plantas suspeitas de serem tóxicas


Plantas tóxicas são aquelas que possuem substâncias que por suas propriedades naturais, físicas, químicas ou físico- químicas, alteram o conjunto funcional-orgânico em vista de sua incompatibilidade vital, conduzindo o organismo vivo a reações biológicas diversas. O grau de toxidade depende da dosagem e do indivíduo. Há substâncias altamente tóxicas que, em dosagens mínimas, entram na composição de vários remédios.
Há substâncias tóxicas que só fazem efeito cumulativamente, mas a maioria entra em ação ao primeiro contacto. Em qualquer caso, é mais seguro comunicar-se logo com o médico ou veterinário, tratando-se de crianças ou animais.
Esta relação é apenas de plantas suspeitas de serem tóxicas, ou seja popularmente tóxicas mas que ainda dependem de estudos fitoquímicos, farmacológicos, etc. para a correcta definição.
Relação extraída de PLANTAS TÓXICAS NO JARDIM E NO CAMPO de autoria do Padre Dr. JOSÉ MARIA ALBUQUERQUE.