terça-feira, 6 de março de 2007

Herbário Virtual



Hortelã
Mentha

Erva utilizada desde a antiguidade, com sua origem confundida com os mitos. Usada pelos egípcios, hebreus, gregos, medievais, romanos e americanos, durante o século IX foram introduzidas na Europa muitas variedades.
Os árabes regavam as mesas de banquete com menta antes das festas e limpavam o chão com a erva para estimular o apetite dos convidados.
Na Nova Inglaterra é conhecida como folha da bíblia, pois era utilizada para marcar as páginas da bíblia no culto dominical, e os fiéis mascavam as suas folhas para afastar o sono.
Planta também conhecida como erva da amizade e do amor, símbolo da hospitalidade, da virtude e das qualidades medicinais.


Propriedades medicinais:

-Exercem uma acção tónica e estimulante sobre o aparelho digestivo, além de propriedades anticépticas e ligeiramente anestésicas.

- Ajuda a atenuar a irritação provocada por picadas de insectos
- Reduz as dores de cabeça

-Alivia as dores abdominais
-Tem efeito calmante
-Bom para gripes e resfriados.
-Combate cólicas e gases
-Aumenta produção e circulação da bílis.


Uso cosmético: revela-se bom para o rejuvenescimento da pele. Clareia o tom da pele

Efeitos colaterais: Não deve ser consumida em grande quantidade por crianças e lactantes, pois pode causar asfixia. As mentas não devem ser consumidas em grandes quantidades por longos períodos de tempo pois, poderão exercer uma acção paralisante sobre o bolbo raquidiano. Podem ainda causar insónias se tomado antes de deitar.

Partes usadas: Folhas e sumidades floridas.

Notícias


Os poderes das plantas

Os estudos efectuados a muitas das plantas
medicinais não revelaram ainda qualquer certeza quanto à sua eficácia, mas o certo é que o recurso a elas continua a ser uma realidade. Quando o ser humano tem qualquer problema de cariz orgânico recorre de imediato a um médico, dando um sinal de confiança às descobertas e avanços da medicina. Porém, muitas são ainda as pessoas que em desespero de causa procuram o auxílio de uma ervanária. Contudo, muitas são também as pessoas que se deixam levar pelos louvores das ervanárias e que recorrem sempre às curas destas plantas, ponde parte a medicina convencional.Independentemente de qual a sua preferência, é preciso ter em conta que a mistura de medicamentos com plantas medicinais não é muito saudável para os seres humanos. Por isso, opte apenas pelos medicamentos ou pelas plantas. Embora haja já muitas plantas que foram submetidas a testes para ver até que ponto as suas propriedades são eficazes, muitas delas continuam ainda na ignorância dos especialistas desta área. Sabe-se que têm qualidades, mas não se pode confirmar até que ponto as mesmas não causam efeitos secundários ou quais são as propriedades que permitem encontrar a cura para cada problema.Cada planta tem características particulares, sendo impossível encontrar uma planta que alivie ou que cure todos os problemas que possam surgir no ser humano. O Alho é uma delas. O Alho é dado como uma planta muito eficaz para combater a arterosclerose e reduzir o colesterol. Não se conhecendo efeitos secundários, há no entanto muitas pessoas que discordam das suas capacidades: uns afirmam que é realmente bom para manter a memória e diminuir o colesterol, mas outros há que negam totalmente esta influência.O Gingko Bilola diz-se ter um excelente efeito terapêutico para melhorar a memória, permitindo que as pessoas não sofram os problemas de memória aos quais quase todos estão sujeitos com o a vançar da idade. Todavia, o Gingko Bilola precisa de mais investigações quanto às suas funções, embora muitos afirmem que a melhoria da memória é de facto notável. A Milfurada, outra planta medicinal, diz-se ser muito boa para as alterações de humor. Para alguns, a Milfurada é muito boa para as depressões ainda que a toma ideal seja ainda uma incógnita, bem como qual o momento mais eficiente para ser tomada. A Milfurada pode ainda contribuir para algumas reacções secundárias quando misturada com outros medicamentos. Por isso se aconselha que a mesma só seja tomada com a autorização do seu médico.A Castanha da Índia é popularmente conhecida pelas boas condições que promove para uma circulação activa mais eficiente. Mas, e na realidade, a Castanha da Índia parece proporcionar um bom funcionamento das veias, embora não se conheçam mais atributos a ela. Porém, se há uma planta com propriedades terapêuticas comprovadas, essa planta denomina-se por Sene. Indicada para um melhoramento dos intestinos, a verdade é que esta planta possui capacidades laxantes comprovadas. O uso frequente da mesma não é bom para a saúde, e mesmo quando tomada ocasionalmente pode provocar cãibras.O Gengibre é outras das tais plantas sobre qual muitos falam, mas que ninguém tem certezas de nada. Uns declaram que é válida para as náuseas e problemas digestivos, embora outros digam que possui apenas um escasso efeito nas náuseas. Para prevenir constipações, ou para travá-las, nada melhor do que a Equinácia, segundo a tradição popular. Contudo, muitos referem que na prevenção de doenças ou problemas específicos, a Equinácia não tem qualquer acção e que, quanto muito, pode ser indicada para remover constipações. Ainda assim, aconselha-se as grávidas a não a tomarem, bem como as pessoas com tuberculose ou esclerose múltipla.Estas são apenas algumas das plantas medicinais de um leque muito vasto. Os estudos realizados com as mesmas é ainda muito escasso, e raras são aquelas para as quais se pode ter a certeza da sua acção, propriedades terapêuticas e efeitos secundários. Porém, pode sempre tentar para ver qual o efeito que elas produzem em si. Cuidado com as contra-indicações e efeitos secundários, informe-se antes do seu consumo e não faça das planta medicinais um hábito.O mais perigoso, e que convém nunca esquecer, é que não deve misturar medicamentos com plantas medicinais. Só opte por um quando já tiver deixado o outro, e nunca prescinda da opinião de um médico!
A importância das plantas medicinais nos cuidados primários de saúde
Sobretudo nas regiões mais desfavorecidas, as populações continuam a depender de plantas medicinais para os cuidados primários de saúde. Pelo que, há que incrementar a sua gestão para benefício das comunidades locais.Sara OteroA Organização Mundial de Saúde estima que 80% da população mundial continua a depender de plantas medicinais para os cuidados primários de saúde. Esta situação observa-se especialmente nos países em desenvolvimento onde está concentrada a maioria da diversidade florística.Actualmente, numa área remota do Nepal perto da fronteira com o Tibete, grupos ambientalistas estão a trabalhar diligentemente com os curandeiros tradicionais e as comunidades locais, para conservar as plantas medicinais, a base dos cuidados de saúde.As pessoas de Dolpa, no Nepal, têm que percorrer vários dias até chegar ao hospital mais próximo, que carece tanto de medicamentos como de pessoal médico. Assim, dependem maioritariamente das plantas medicinais disponíveis localmente.Em aldeias com posições muito elevadas nos Himalaias, os curandeiros são os profissionais de saúde existentes. Seguindo o sistema médico tradicional tibetano, muitos curandeiros são altamente conhecedores dos usos, da ecologia e da gestão de plantas medicinais. No entanto, esta tradição está fortemente ameaçada. O comércio de plantas medicinais está a crescer rapidamente, sendo exportados anualmente 40 a 80 toneladas de plantas somente de Dolpa, sendo a venda de plantas medicinais uma atraente actividade nestas regiões pobres, onde poucas oportunidades existem.Desde 1997, o Programa "People and Plants", uma iniciativa conjunta da World Wild Fund (WWF) e Jardins Botânicos Reais de Kew, em colaboração com outras entidades, tem tentado obter uma compreensão holística das dimensões ecológica, social, económica, cultural e religiosa da conservação e uso sustentável em Dolpa.Dois grandes objectivos foram identificados neste estudo para a continuação de futuros trabalhos: desenvolvimento de uma comunidade modelo para a gestão de plantas medicinais e incentivos aos curandeiros e mulheres para melhorarem e desenvolverem os cuidados de saúde. A intenção passa também por dar a conhecer esse modelo a outras regiões dos Himalaias, dado a necessidade de toda a região incrementar a gestão das plantas medicinais para benefício das comunidades locais.
Plantas medicinais:Exploração sem reposição faz escassear espécies
O RECURSO a plantas medicinais para a cura de certas doenças, sobretudo as oportunistas aliadas ao HIV/SIDA, criou, de há algum tempo para cá, espaço para um grande negócio e fonte de subsistência para muitas famílias. Contudo, a exploração das plantas já tem efeitos notórios, com a escassez de certas espécies nas matas e redução nos locais de venda. A batata africana e a aloe vera são disso o exemplo concreto.A maior procura das plantas medicinais, segundo Marcos Zavala, secretário-geral da Associação dos Vendedores de Medicamentos Tradicionais (AVEMETRAMO), está aliada, por um lado, à existência de muitas doenças e, consequentemente, maior consumo e, por outro, à formalização da medicina tradicional no país, que veio a dar credibilidade a uma actividade que antes era conotada com a falta de ciência. "Felizmente, assistimos a um grande interesse por parte do público no que toca à medicina tradicional e ao consumo de plantas para fins curativos.Mas, em contrapartida, deparamos com o problema de um acesso cada vez difícil a essas plantas, porque o ritmo de extracção não é acompanhado pela reposição", disse. Outro factor focado pela nossa fonte, citando os exploradores de plantas, tem a ver com uma espécie de conflito já no local, entre certos indivíduos oportunistas que, usando a capa da Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO) na zona, impedem os estranhos de extrairem plantas. "É uma maneira que encontram para preservar o que está em risco de extinção e que lhes é precioso, mas que acaba afectando os restantes que dependem daquelas plantas, desde os vendedores, até aos consumidores, que são, regra geral, doentes". Para extrair plantas medicinais, explica a nossa fonte, seguem-se certas regras, mesmo nas matas. Uma delas é o contacto com as autoridades da área, que, por sua vez, dão luz verde para a extracção.Um dos elos de ligação tem sido a AMETRAMO. Grande parte dos tubérculos usados para cura são a garantia da sobrevivência das pessoas, mas, como não são repostas, vão, à medida que são extraídas, desaparecer. As matas de Bela Vista, na província do Maputo, Bilene e Chidenguele, em Gaza, e outras de Inhambane, é que fornecem um dos principais mercados que se dedica à venda de medicamentos tradicionais: Xipamanine.Uma das principais apostas da associação para fazer face a uma provável extinção de espécies é o plantio das que mais utilidade têm ou que são mais procuradas, tal é o caso da batata africana, aloe vera e outras bastante procuradas para o alívio de certas enfermidades relacionadas com a SIDA. Sobre o assunto, a nossa fonte disse que o projecto desenhado quando da criação da associação mantém-se e que dentro em breve vai se avançar em contactos com as autoridades de Boane, local escolhido para o efeito, para aquisição de espaço. "Actualmente somos 300 membros, contra os anteriores 175 aquando da nossa criação como associação.O crescimento do número é resultado da credibilidade depositada depois de uma avaliação sobre as vantagens de se filiar numa organização", informou a nossa fonte.Maputo, Sábado, 2 Dezembro de 2006: Notícias
Portugal desperdiça potencial das plantas medicinais
As propriedades curativas das plantas medicinais portuguesas estão a ser desperdiçadas, afirmaram hoje especialistas em botânica e saúde que defendem o reforço da investigação sobre estes temas.A utilidade, importância socio-económica e valor de conservação das plantas aromáticas e medicinais vai estar hoje em destaque, em Beja, num seminário que visa promover a troca de experiências e conhecimentos científicos sobre o assunto.«Não há muitos estudos sobre este assunto», reconheceu Elsa Teixeira Lopes, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, que vai apresentar um painel sobre as propriedades farmacológicas da flora portuguesa.A investigadora estuda espécies da flora endémicas (que pertencem a uma determinada região) e usadas na medicina tradicional, comparando-as com compostos vegetais já usados em medicamentos comercializados pela indústria farmacêutica.«Por exemplo, comparámos uma espécie de dedaleira ibérica com uma outra espécie de dedaleira já usada em medicamentos para tratamento da insuficiência cardíaca e descobrimos que a ibérica tem maior diversidade de constituintes, ou seja, que seria ainda mais útil para esta terapêutica», exemplificou.Outro caso é o dos gamões, também conhecidos como abróteas. Esta planta, usada pelo povo para o tratamento de doenças de pele, como micoses ou herpes labial, tem realmente propriedades terapêuticas.«Temos dados que demonstram que os extractos desta planta têm actividade sobre o vírus do herpes», adiantou a mesma responsável.Elsa Teixeira Lopes considera que o avanço neste trabalho científico teria vantagens importantes.«Poderíamos, por exemplo, usar os nossos próprios extractos nos medicamentos», disse.Mas a indústria farmacêutica nacional não parece, para já, muito interessada.«Não se financia muito este tipo de investigação», salientou a especialista, que reconhece que esta «é uma área onde o registo de produtos não é muito fácil». Isto porque «é difícil registar patentes de produtos naturais. Ou seja, as empresas investem no desenvolvimento dos medicamentos, mas depois não conseguem registar a patente porque já é um conhecimento do domínio público», precisou Elsa Teixeira Lopes, salientando, no entanto, que «é preciso dar a conhecer as potencialidades» das nossas plantas.O mesmo defende Luís Carvalho, do Museu Botânico da Escola Superior Agrária de Beja, um dos responsáveis pela organização deste seminário, que «considerou que existem várias plantas medicinais portuguesas cujo potencial farmacológico não está devidamente explorado».No encontro de Beja vai ser também apresentado o trabalho do Banco Português de Germoplasma Vegetal, um projecto que visa preservar a diversidade genética das plantas.«Actualmente, há tendência para a uniformização de variedades dentro de uma mesma espécie de plantas porque as pessoas vão deixando de cultivar determinadas espécies», explicou o responsável do Museu Botânico.A perda de diversidade conduz também à perda de determinadas características.«Os investigadores vão às aldeias à procura das variedades locais que apresentam muitas vezes características úteis, como resistência à falta de água ou ao ataque de fungos», disse Luís Carvalho, para justificar a importância dos bancos de sementes.Um modelo semelhante foi seguido pelo Millenium Seed Bank Project, um banco de referência cujo objectivo é preservar, até 2010, dez por cento das espécies de plantas que se conhecem e que vai ser também apresentado em Beja. Mas nem todas as plantas são eleitas.«Para este banco mundial, só são seleccionadas plantas que tenham interesse para a humanidade e que estejam em locais sujeitos a risco de desertificação ou erosão», sublinhou Luís Carvalho.A etnobotânica assume um preponderante papel na conservação deste património já que as informações sobre os usos tradicionais das plantas são recolhidas no trabalho de campo.Elsa Teixeira Lopes referiu que o conhecimento sobre os usos medicinais das plantas está ainda muito presente das zonas rurais, sobretudo entre as mulheres, mas tem perdido terreno nas cidades.
Diário Digital / Lusa24-11-2006 8:50:00
Plantas suspeitas de serem tóxicas
Plantas tóxicas são aquelas que possuem substâncias que por suas propriedades naturais, físicas, químicas ou físico- químicas, alteram o conjunto funcional-orgânico em vista de sua incompatibilidade vital, conduzindo o organismo vivo a reações biológicas diversas. O grau de toxidade depende da dosagem e do indivíduo. Há substâncias altamente tóxicas que, em dosagens mínimas, entram na composição de vários remédios.
Há substâncias tóxicas que só fazem efeito cumulativamente, mas a maioria entra em ação ao primeiro contacto. Em qualquer caso, é mais seguro comunicar-se logo com o médico ou veterinário, tratando-se de crianças ou animais.
Esta relação é apenas de plantas suspeitas de serem tóxicas, ou seja popularmente tóxicas mas que ainda dependem de estudos fitoquímicos, farmacológicos, etc. para a correcta definição.
Relação extraída de PLANTAS TÓXICAS NO JARDIM E NO CAMPO de autoria do Padre Dr. JOSÉ MARIA ALBUQUERQUE.